Ano de Lançamento: 2014 / Plataformas: PS3
Média de Pontuação em Análises Mundiais: Nota 9 / Jogadores: É possível fazer multiplayer local
Genêro: Hack n’ Slash / Idiomas: Apenas japonês, sem legendas em inglês.
Sengoku Basara 4 é um jogo de hack n’ slash, ou seja, você lutando sozinho contra todo um exército de inimigo, ele é similar aos jogos da série Dinasty Warriors e Samurai Warriors, ambos desenvolvidos pela Tecmo Toey, Dinasty narra as histórias dos três reinos chineses e Samurai Warriors conta a história das guerras do período Sengoku japonês, similar a Sengoku Basara, porém, este último é de autoria da Capcom, e é meu jogo preferido do estilo.
Sengoku Basara 4 se passa pouco antes do início do terceiro jogo da série, ele trás consigo novos fatos e personagens e pode ser aproveitado por jogadores que ainda não tiverem a oportunidade de conferir os títulos anteriores, mas como esse jogo só está disponível em japonês é bem provável que apenas os fãs da série possam desfrutar dele, pois, o jogo infelizmente não tem muitas cutscenes para facilitar nossa vida…
História de Sengoku Basara 4
No Japão feudal houve um governante chamado Ashikaga Yoshiteru que governou o país 1546 a 1565, dentre suas tarefas coube a ele unificar os dois impérios do país, um no sul e outro no norte, porém, Yoshiteru não tinha muito interesse em política e deixou que, pouco a pouco, proprietários de terras fossem expandindo seus territórios, todavia, tal desinteresse resultou numa revolta entre os camponeses e quando a bomba eclodiu o último imperador dessa família, Ashikaga Yoshimassa, neto de Yoshiteru, deixou o poder para se refugiar num monte.
Os proprietários de terra do país começaram lutar entre si e milhares de camponeses morreram nos conflitos que levaram ao início do período Sengoku, não, não se trata de uma época onde o Goku não estava no Japão, trocadilhos á parte, líderes de diversos estados japoneses reuniram suas famílias e soldados e o país entrou numa guerra que durou quase 100 anos (1467-1573).
Sengoku Basara 4 se passa entre a morte de Oda Nobunaga, o primeiro grande governante desse período, e se estende até pouco depois da morte de Toyotomi Hideyoshi, que foi derrotado por Ieyasu Tokugawa logo no início do terceiro jogo da franquia. Isso tudo pode soar um pouco confuso durante a jogatina por que durante as batalhas os personagens conversam como de fato fizeram nos antigos Basara’s, por exemplo, Mitsunari Ishida busca vingar-se de Tokugawa pelo fato dele ter tomado o império de Hideyoshi para si, mas o problema é que o bom e velho hulk, digo, Hideyoshi, está presente como personagem jogável logo no começo do jogo.
Essas pequenas intrigas pessoais de cada personagem deixam Sengoku Basara 4 meio que sem um local definitivo na linha do tempo, particularmente eu prefiro acreditar que ele não tem um lugar em especial nela e que é só um bom Basara, com dezenas de personagens com suas histórias reunidas num único game.
Ashikaga Yoshiteru retratado em Sengoku Basara 4, ele é o boss mais difícil que já apareceu na série e infelizmente não é jogável nesse jogo, mas ele pode ser controlado na versão Sumeragi de Sengoku Basara 4 (Foto: Capcom)Como esse título se passa antes dos anteriores, os fãs da série podem esperar encontrar praticamente todos os personagens já vistos até o momento, sendo até o momento o jogo da série que contém mais personagens jogáveis, são 32 ao total, porém, alguns personagens clássicos como Kasuga, Kenshi, Matsu e outros ficaram de fora nessa versão, até mesmo Matsunaga Hisahide, antes disponível apenas em versões especiais, é jogável nesse game.
O mais interessante no título é ver como era a relação de Mitsunari Ishida com Hideyoshi, já que no segundo título da série o espadachim não aparece e no terceiro Hideyoshi já está morto, dessa vez podemos conferir como eles, e Ieyasu, viviam com seu mestre e qual foi a reação de Mitsunari após seu amigo derrotar o mestre de ambos. É possível saber mais sobre a relação de Saika Magoichi com Oda Nobunaga e até mesmo como foi a batalha entre Nagamasa e Oda.
Ao todo foram introduzidos 5 novos personagens jogáveis a série, todos eles tem combos e ataques muito bem construídos, como é comum nos jogos de hack n’ slash da Capcom.
A Jogabilidade de Sengoku Basara 4
O jogo continua muito rápido e dinâmico, diferente da lerda linha de evolução dos “warriors” da Tecmo Toei, em Basara tudo é muito frenético e novamente podemos usar todos os golpes dos personagens em jogo, como em Basara 3 (Basara Samurai Heroes no ocidente), o que é uma ótima pedida para revermos guerreiros de Basara 2 com o mesmo estilo de jogo do Basara 4.
Os comandos são precisos, você pode correr, pular, bater e dessa vez tem um aliado que sempre lhe segue e executa combos ou especiais conjuntos ao seu comando, basta apertar L2 e um círculo branco vai percorrer a tela na direção que você está, onde você soltar o botão será onde seu aliado atacará, mas com um simples toque eles já atacam a sua frente e mesmo sem apertar L2 eles atacam, vez por outra, sem que sejam ordenados.
É realmente incrível poder controlar Ieyasu ao lado de Mitsunari e vê-los atacar oponentes em conjunto, ademais, os especiais quando utilizados em conjunto mostram animações incríveis, basta apertar L2 + O, a barra de especial de ambos personagens tem de estar cheia para efetuar esse ataque, a barra de especial (e hp) do seu aliado aumentam quando você pega itens, mas ele só ganha hp/especial se sua barra estiver cheia, dessa forma o item é consumido por ele.
Como se isso não fosse o bastante ainda é possível trocar de personagem a qualquer momento com o uso da nova função tag, podemos estar no meio de um combo, pulando ou correndo, mas ao pressionarmos R3 (o botão do analógico direito) o nosso personagem e o personagem que estamos usando como ajudante irão trocar de lugar. Essa função é desbloqueada assim que alcançarmos o nível 50 com algum personagem.
Ver Mitsunari, o eterno vingador, lutar lado a lado com Ieyasu só poderia ser coisa de jogos mesmo, ambos foram discípulos do mesmo mestre, mas Ieyasu (refletido na espada), derrotou seu mestre. Na história real, e no game, ambos formaram grandes exércitos e dividiram o país numa batalha sangrenta que culminou na morte de Mitsunari e outros milhões de homens. (Foto: Wikia)Todas as missões tem mini games que determinam como será seu progresso na fase e o grau de dificuldade dos oponentes, essas missões vão desde conquistar territórios em determinado tempo, impedir que dois generais se encontrem ou derrotar alguém antes que algum aliado perca, embora o jogo esteja praticamente 100% em japonês, as imagens e vídeos mostrados antes das missões são auto explicativas o que felizmente ajuda a nós, que não temos fluência no idioma.
Um novo recurso que foi muito bem implementando é o de esquiva, se apertarmos R1 (defesa) no exato momento que formos atacados, podemos nos esquivar sem receber danos, os boss podem fazer o mesmo, mas raramente o fazem.
Ao todo o jogo conta com 38 fases completas e pelo menos 24 batalhas individuais onde só lutamos contra um único chefe e nada mais, essas lutas são muito boas para testarmos novos personagens, ademais, não irei falar sobre os novos personagens para não estragar a surpresa, mas que eles são ótimos para ser controlados você pode ter certeza.
Durante meus testes com o jogo posso afirmar que não encontrei nenhum bug no game e após jogar mais de 40 horas (não seguidas, óbvio) posso afirmar com certeza que esse é o melhor título da série e que os fãs não irão se decepcionar, comprei um PS3 unicamente para jogar esse título, felizmente pude aproveitar outras grandes obras como o épico The Last Of Us.
Considerações Finais sobre Sengoku Basara 4
O jogo traz o mesmo sistema de rotas que foi adicionado em Sengoku Basara 3, porém, dessa vez não temos um mapa nos guiando, apenas uma imagem de cada tela disponível, existem três rotas, uma azul, uma vermelha e uma terceira preta, infelizmente é fácil alternar entre elas por que por vezes podemos achar que determinada rota terá uma luta melhor, vai nos dar mais experiência ou armas. Ao alternar muito nas rotas acabamos por lutar contra Yoshiteru, aquele general da primeira imagem do post, ademais, muitas vezes, muitas mesmo, a batalha final será contra ele, chega ser chato por que além de ser um boss super difícil as fases dele ainda costumam vir recheadas com outros generais, dentre eles até mesmo Oda Nobunaga e Matsunaga Hisahide podem dar as caras para atrapalhar seu progresso na fase.
A música de abertura e encerramento são muito marcantes, mas as músicas tocadas nas fases são fáceis de esquecer e pouco interessantes, tanto que não é nada incomum esquecermos que tem alguma música tocando ao fundo, o que é até normal já que estamos constantemente derrotando alguém.
Para finalizar, eis a lista de personagens jogáveis, os oito que estão na última fileira não são jogáveis, mas aparecem no jogo como oponentes em suas devidas fases.
Atualização: Atualmente Sengoku Basara 4 já ganhou uma continuação, ela se chama Basara 4 Sumeragi e conta com 20 fases novas, 8 personagens novos e habilidades e roupas novas para todos os personagens. Os novos personagens são todos os listados na fileira de baixo da imagem acima mais o novato estreante na série: Sen no Ryuu. Basara Sumeragi já pode ser adquirido para PS3 ou PS4 e infelizmente também só está disponível em japonês.
Espero ter conseguido passar os principais fatos e novidades de Basara 4, é uma das minhas franquias de jogos preferidas e foi minha porta de entrada para começar estudar japonês há alguns anos, portanto, não quis falar muito sobre o game por que creio que pouquíssimos jogadores devem ter adquirido uma cópia aqui no Brasil, afinal, além de ser exclusivo do PS3 o título não teve lançamento ocidental e só está disponível no idioma japonês.
Considere essa análise um presente de fã para fã e se você tem alguma dúvida sobre o título sinta-se livre para expressá-la nos comentários logo abaixo e não se esqueça de dar aquele curtir que nós daqui do MB tanto amamos :-)
Equipe Mobile Bit