Ano de Lançamento: 2017 / Plataformas: PS4
Média de Pontuação em Análises Mundiais: Nota 8.9 / Jogadores: Apenas um
Multiplayer Online: Não / Dublagem: Possui dublagem e legendas em PT-BR.
“Hey, que tal fazermos um jogo num universo pós apocalíptico onde quase toda a humanidade foi extinta e os remanescentes vivem de forma quase tribal? Calma, não faz essa cara ‘Zé’, os sobreviventes precisam lutar com dinossauros para sobreviver!”
“Você está ficando louco? Nós fazemos jogos de tiro em primeira pessoa, FPS! Não me venha inventar moda.”
“Mas… Eu já te falei que os dinossauros na verdade são robôs com super habilidades e armados até os dentes?”
Você consegue se imaginar na pele do dono da Guerrilla Games (produtora da franquia Killzone) quando alguém lhe diz que quer fazer um jogo como o descrito acima?
De fato, Horizon Zero Dawn foi uma aposta e tanto da Guerrilla, afinal, infelizmente não é todos os dias que vemos uma empresa lançar um produto completamente diferente daquilo que está acostumada a fazer, ou será que a Rockstar (GTA) lançaria um futebol? Seria estranho, eu sei, assim como alguns ficaram com o pé atrás quando Horizon Zero Dawn, um RPG, foi anunciado por uma desenvolvedora que é/era especializada em jogos de tiro, mas inovar é preciso.
Agora resta-nos saber se a Guerrilla conseguiu se sair bem ao lançar seu primeiro RPG, isso é o que pretendo discursar na análise, sem spoilers que vão além da sinopse oficial de Horizon Zero Dawn.
Quer entrar ainda mais no clima do jogo? Ouça a playlist dele enquanto lê a análise ;)
Análise da História de Horizon Zero Dawn
Horizon se passa em um futuro muito, muito distante do nosso, no qual a humanidade foi quase que exterminada por alguma coisa desconhecida, as pessoas que sobreviveram estão a dezenas, se não centenas, de gerações adiante do que quer que tenha erradicado quase que completamente a raça humana. Os remanescentes precisam se virar como podem para sobreviver em meio dinossauros metálicos que são mais fortes, mais rápidos e bem mais abundantes do que nós.
As pessoas simplesmente os chamam de máquinas, alguns as cultuam e acreditam que devem ser respeitadas acima de tudo, outras são caçadores de máquinas e de quaisquer vestígios dos antigos, como são chamadas as pessoas que viveram na nossa geração atual. Você ouvirá as palavras máquinas e antigos diversas vezes ao longo do jogo.
Em suma, algo deu muito errado alguns anos a frente dos nossos, o que foi? Não sabemos, mas a terra está infestada de máquinas que atacam e matam qualquer um que cruze seu caminho, forçando as pessoas a se reunirem em tribos e erguerem defesas para poder se defender do jeito que conseguirem, as vezes de forma bem rudimentar, com paus e pedras, pois no universo de Horizon Zero Dawn as pessoas não possuem eletricidade da forma que a conhecemos, internet, telefones, computadores, carros, eletrodomésticos, tudo é ruína de tempos antigos e regredimos quase que a idade da pedra.
Toda a tecnologia usada pelas pessoas é recolhida de máquinas, justamente por isso alguns as caçam e estudam maneiras de usar suas peças, seja para o bem ou para o mal.
Em meio a esse mundo turbulento somos apresentados a protagonista de nossa história, Aloy, quando ela ainda é uma bebê. Por algum motivo, ela foi banida de sua tribo ao nascer e por isso foi deixada sob os cuidados de Rost, outro exilado, que a cria como se fosse sua própria filha.
A tribo onde Aloy nasceu, os Nora, é muito ignorante em relação ao mundo, eles não gostam de qualquer tecnologia que ainda tenha restado e tentar descobrir mais sobre o passado é proibido, seus membros são estritamente desmotivados para não mexerem em ruínas dos antigos. Quem o fizer será exilado e deve ser tratado como um ex-comungado/desassociado, mas por quê Aloy foi exilada? Que crime pode um bebê cometer?
Conforme Aloy cresce, seu pai de criação a ensina como é o mundo, ele diz que que existem animais voadores, aquáticos, terrestres e de aço, as temidas máquinas. Com os ensinamentos dele, Aloy aprende lutar contra elas, aprende escalar e se torna cada vez mais curiosa em relação aos antigos, como exilada ela não dá muito valor as leis de sua tribo natal, ela já foi banida mesmo, o que mais podem fazer contra ela?
Os Problemas da História de Horizon Zero Dawn – Sem Spoilers
Como você deve ter notado, Horizon levanta muitas questões para o jogador, eu não contarei mais sobre a história em si para não estragar suas surpresas, só saiba que na pele de Aloy você irá fazer tantos questionamentos como ela, afinal, nossa protagonista também aprende mais sobre o universo do jogo com você, ela não nasceu ou cresceu sabendo de tudo, não é superdotada, não possui super poderes ou qualquer coisa de especial, além de sua curiosidade nata de saber mais sobre si e o mundo ao seu redor.
Porém, o problema de Horizon Zero Dawn é como a história é executada, pois, embora as missões primárias sejam em sua maioria excelentes, as secundárias por outro lado são desinteressantes, tanto que quando encontramos algum NPC que nos dá alguma missão a seguinte tela de conversa aparece:
Note que o cursos está parado em “Já chega”, essa alternativa contém um ícone único ao seu lado, ele demonstra que essa opção encerra a conversa, só que essa escolha já está disponível desde o início de qualquer conversa do jogo, mesmo nas missões principais é possível pular o dialogo todo e ir direto ao que interessa, sem a menor consequência para o ti. Claro que em missões primárias isso acarreta no fato de você perder detalhes muito interessantes da trama, mas nas secundárias isso não faz diferença, os personagens que as dão nem ao menos vão te tratar de forma diferente por os ter ajudado ou escutado.
Outro problema é o mundo do jogo, ele é aberto e o mapa é gigantesco, dando ao jogador (a) a liberdade de poder ir aonde bem quiser sem muitos problemas além das máquinas, cada uma delas possui suas particularidades e locais específicos onde vivem, elas de certa forma barram seu avanço por serem muito fortes ou simplesmente porquê ainda não sabemos a maneira ideal de as derrotar.
Você pode tentar enfrentá-las com o que tem, mesmo que sua arma não seja a ideal, é bem provável que todos seus itens de cura e demais recursos sejam gastos no processo, mas geralmente você consegue vencer, a grande custo, e aí que está o grande problema: Não existe nada que te limite cruzar o mapa inteiro em busca de itens e colecionáveis, como eu fiz.
Aloy é muito faladeira, ela comenta que é melhor ter cuidado, quando nos aproximamos de máquinas perigosas, reclama quando saímos de um local seguro dizendo: “Lá se foi toda a sutileza”, particularmente eu amei a maneira dela de se expressar ao comentar como o clima mudou, que sua roupa molhou ou que irá se arranhar por estarmos descendo rapidamente e sem cuidado um morro. Mas ela não nos limita quantos aos locais que devemos ou não ir, embora, houve uma ocasião que visitei um lugar antes da hora e recebi um recado de que alguém não deveria me ver por lá, mas você pode ou não ouvir esse recado em outros locais. Porém, mesmo assim eu explorei a cidade como bem quis e não aconteceu nada.
Todavia, embora na minha opinião o jogo peque um pouco na forma como a narrativa é conduzida, ele brilha muito em outro aspecto:
Análise da Jogabilidade de Horizon Zero Dawn
Em Horizon Zero Dawn Aloy pode correr, pular, escalar e se pendurar, lutar a curta distância com uma lança e utilizar diversas armas diferentes para imobilizar ou derrotar máquinas, elas vão desde arcos com diversos tipos de flechas elementais a algumas relíquias dos antigos que você irá certamente se maravilhar quando usar pela primeira vez.
Cada máquina requer uma estratégia diferente de combate, você sempre pode partir para o mano a mano e tentar derrota-las ‘na mão’ por valer-se da lança de Aloy ou combate aberto com arcos e outras armas, mas essa é uma estratégia muito arriscada já que até a mais fraca das máquinas pode lhe tirar metade do HP em um único golpe e a grande maioria delas possui alguma arma de longo alcance para lhe atingir. Mas com um poco de prática e conhecimento sobre a máquina você pode soltar seu Rambo inferior e suar pelas mãos enquanto enfrenta algum inimigos fortes.
Por outro lado nem sempre é possível se esgueirar e derrotar cada máquina ou pessoa na base da furtividade, afinal, não raro seu oponente tem muito HP, tanto que atingir-lhes furtivamente quase não causará dano e só o colocará em situação de alto risco por ter se aproximado demais, principalmente porquê, diferente de você, às maquinas e pessoas não costumam andar por aí sozinhas, logo, alertar uma é alertar todas ao redor.
Eu diria que Horizon Zero Dawn se parece com o reboot de Tomb Raider, você pode sim partir pro ataque como se não houvesse amanhã, mas aqui não temos explosões acontecendo o tempo todo para livrar Aloy do perigo como se dá com Lara. E não importa o quão você esteja acostumado a enfrentar uma máquina ou quão bem preparado esteja, sei que pode parecer repetitivo dizer isso, mas Horizon não é como The Witcher e Aloy não é como Geralt.
Não importa quantas vezes você tenha enfrentado a mesma máquina, a localização delas costuma variar, as vezes o ambiente onde vocês lutarão é menor e se você não tomar cuidado pode cair e morrer, as vezes a visibilidade está ruim por causa da neve ou da areia, tudo isso contribui para que as batalhas em Horizon nunca fiquem repetitivas, levei quase 70 horas para platinar o jogo e, mesmo assim não enjoei de enfrentar máquinas nele, já que seus padrões de ataque e ambientação sempre mudam, forçando você a se adaptar.
Horizon não possui uma variedade muito grande de máquinas no seu bestiário, mas todas elas são muito bem trabalhadas e possuem suas personalidades e habitats pessoais. Embora, não raro topamos com uma máquina onde não é comum a ver, é um desafio extra que a Guerrilla colocou no jogo para, de certa forma, o ajudar a ser imprevisível.
Particularmente, eu não tenho nada a reclamar quanto a jogabilidade de Horizon Zero Dawn, Aloy é muito prática e simples de se controlar, achei os menus bem simples e descomplicados, cada arma possui um vídeo e um tutorial explicando seu uso e mesmo nas partes de escalada os comandos raramente se embananam como é comum acontecer vez por outra em Assassin’s Creed.
Aloy conta ainda com uma árvore de habilidades, toda vez que você subir de nível, ou ao completar missões específicas. você ganhará um ponto de habilidade para investir em furtividade, combate ou conversão. É possível aumentar a força dos ataques físicos, diminuir os barulhos feitos por Aloy, liberar a possibilidade de assobiar para atrair máquinas enquanto você se esgueira no mato alto (altamente indicada). A ordem em que você as liberá fica por sua conta e risco. Eu recomendo que você foque inicialmente na habilidade de aumentar seu estoque de HP e o assobio.
A única coisa que achei meio incômoda é que golpes físicos com a lança são praticamente inúteis contra inimigos maiores ou mesmo humanos com mais armadura, o que acaba nos forçando a só atacar a curta distância quando o oponente foi imobilizado ou não nos resta outra alternativa. É principalmente um incômodo porque a Guerrilla desenvolveu um combo bem longo de golpes com a lança, mas que nunca usamos efetivamente porquê a curta distância qualquer um é mais forte que Aloy.
Análise dos Gráficos e do Mundo de Horizon Zero Dawn
Que atire a primeira pedra quem não parou diversas vezes ao longo de um jogo unicamente para ficar curtindo os gráficos e paisagens dele, em Horizon Zero Dawn isso não será diferente, o mapa do mundo conhecido por Aloy e das tribos circunvizinhas é enorme e com diversos ecossistemas, são florestas, montanhas, neve, lagos, desertos, é até incrível como esses locais consigam se encaixar com tanta harmonia e a uma distância tão curta. Tirei mais de 350 fotos ao longo da jogatina, fazer upload delas aqui nem sequer faz jus a beleza original, já que os servidores reduzem a qualidade da imagem para permitir que a página carregue mais rápido.
Mas eles são muito deslumbrantes e a própria Naughty Dog (Uncharted e The Last Of Us) ficou encantada com a diversidade de cenários e abundância de vegetação contidas em Horizon, ademais, por possuir um excelente modo de fotografia, podemos pausar o jogo a qualquer momento e mudar a pose, expressão e direção do olhar de Aloy. É possível inclusive alterar a hora dia, inserir efeitos e filtros, só essa brincadeira já me deve ter feito gastar algumas horas em busca de imagens.
O único problema desse vasto mundo é que em alguns lugares as bordas do mapa parecem não terem sido bem definidas pelos programadores e ao me aproximar deles me deparei com a seguinte mensagem: “Você está saindo da área do jogo e deve retornar, caso continue seu último jogo será carregado.” Na primeira vez eu tentei sair do local, mas acabei me adentrando mais na área não explorável e o jogo realmente voltou para meu último salvamento, perdi quase meia hora de jogatina.
Me deparei com essa mensagem apenas duas ou três vezes no jogo, pois, em geral, as bordas exploráveis são muito bem definidas com montanhas que não conseguimos subir ou as clássicas paredes invisíveis que barram nosso caminho, esse é um problema comum em jogos de mundo aberto, mas que em Horizon Zero Dawn poderia ter sido resolvido de maneira mais criativa, como permitir que o jogador faça uma viagem rápida para um ponto de save, como acontece em The Witcher III.
Vez por outra eu notei que alguns cenários montanhosos demoravam um pouco mais que o habitual para se renderizar, que a luz, o mato ou outras coisas só apareciam um pouco depois que o resto, foram poucas vezes que notei isso, sendo a maioria delas mais perto do final do jogo, ao menos não percebi nenhuma queda de FPS ou travamentos devido ao excesso de pessoas ou máquinas no cenário. Muito pelo contrário, o jogo funciona numa fluidez incrível com vários ataques vindo de todas as direções possíveis.
Aloy possui uma grande variedade de expressões faciais fora de conversações, mas em conversas a história é outra já que a câmera se foca exclusivamente no rosto de quem está falando e essa pessoa sempre fica de olhos arregalados e com expressão de quem peidou e não quer assumir, é bizarro, os npcs e a Aloy quase nunca mudam de expressão facial durante as conversas fora dos vídeos – exatamente como estava ocorrendo em Mass Effect Andromeda.
Talvez seja uma frescura minha, mas não acho agradável ficar vendo conversas de pessoas sem expressão, ao menos isso só acontece nas conversas e não em vídeos.
Ao menos todos os detalhes dos cenários, dos cabelos, das armaduras e armas de Aloy são ricamente trabalhados nos mínimos detalhes, é possível notar a destruição nos arredores, imaginar como as coisas eram antes e apaixonar-se por Aloy ao vê-la fazer caras e bocas enquanto tiramos ‘selfies’ no modo fotografia.
De certa forma, praticamente tudo está onde deveria estar em Horizon Zero Dawn, embora, as vezes notei alguns detalhes bestas como tochas acessas no topo de montanhas sem qualquer pessoa ao redor, vale notar que elas nem sequer sejam necessárias para iluminar o ambiente, todavia, para um jogo onde tantos detalhes foram encaixados de maneira minuciosa, eles bem que podiam ter se atentado mais para esses detalhes bestas.
Uma última coisa notável sobre o mundo de Horizon é a não sexualização dos personagens, sejam masculinos ou femininos, é digno de nota como a Guerrilla Games fez com que todos os personagens sejam bonitos e chamativos pelo que vestem e não pelos seus físicos, tanto os homens como as mulheres e crianças usam vestimentas com uma espécie de capa ou ‘saia’ que lhes cobre as nádegas e boa parte das pernas, todos os trajes possuem alguma cobertura, você poderá entender melhor vendo a imagem abaixo:
Pode parece algo besta, mas é muito bom que no jogo os personagens não tratem Aloy de forma diferente por ser uma mulher, ninguém dá uma cantada de pedreiro nela ou acha que ela não é capaz de algo unicamente devido ao seu gênero, Horizon Zero Dawn sabe muito bem como respeitar seus personagens sem abusar de esteriótipos ou por chamar a atenção de alguém unicamente graças a beleza. Esse é um mundo onde as pessoas, na medida do possível, se respeitam e suas rixas são quase que unicamente políticas.
Bugs Encontrados em Horizon Zero Dawn
Felizmente na versão mais atualizada do jogo eu não notei nenhum bug que impedisse meu progresso, porém, duas vezes notei inimigos flutuando sobre o nada após terem sido mortos, em pouquíssimas ocasiões alguma máquina voadora ficou presa contra uma parede após ter sido abatida e não consegui saquear a mesma.
Também é possível derrotar bandidos que estiverem dentro de casas e muito próximos a paredes, se você se aproximar e usar R1 para atacar de forma silenciosa, acredito que isso será corrigido em atualizações futuras, todavia, você não terá muitas oportunidades de se aproveitar desse bug já que 99.99% dos bandidos não ficam parados dentro um lugar esperando ser atacados, pelo contrário, eles ficam em constantemente movimento.
Agora dentre todos os bugs, o mais (in)conveniente foi quando fui escalar uma máquina chamada pescoção, que sempre fica rodeada de oponentes/máquinas e tem como objetivo liberar uma nova área de visualização no mapa. Quando escalei uma dessas “torres de Assassin’s Creed” e sincronizei no topo da cabeça dela, todos os oponentes ao redor morreram e pude saquear todo o local livremente. Acredito que os produtores presumiram que seria impossível subir no Pescoção sem derrotar boa parte dos obstáculos ao redor, não foi o meu caso, estava na hora certa, no lugar certo e comecei minha escalada.
Em suma, não estranhem se encontrarem algum bug, eu só encontrei esses que listei acima, mas eles de forma alguma me impediram de prosseguir no jogo.
Análise da Trilha Sonora de Horizon Zero Dawn
As músicas do jogo são, felizmente, bem marcantes e memoráveis, embora, elas não são muito presentes já que geralmente o sons ambientes, das batalhas e falas de Aloy prevalecem. Enquanto jogava eu fiquei tão imerso nos cenários e máquinas que quase não me atentei a trilha sonora fora das cutscenes, e isso que eu estava jogando com o auxílio de fones. Porém, sempre que estava a deriva pelo mapa em direção a algum colecionável ou objetivo, a música estava lá para me acompanhar e encantar-me com sua magia única que me fazia passar horas jogando.
Se você está ouvindo a trilha sonora que deixei no começo do vídeo já deve ter notado que ela possui seus altos e baixos, mas o que mais me encanta é a longa duração dela para um jogo relativamente tão pequeno.
Já em relação a dublagem, ela é ótima, as vezes fica um pouco estranha devido as expressões faciais quase estáticas dos personagens enquanto eles falam algo com tom mais agressivo ou brando, entretanto, não posso culpar os dubladores nacionais por isso. Ademais, as vozes combinam com os personagens e apenas uma única vez, durante toda minha jogatina, vi a voz de um personagem ser trocada subitamente durante uma conversação. Fora isso, não notei nenhum bug sonoro, como personagens mudos ou efeitos sonoros ausentes.
Vale a Pena Comprar Horizon Zero Dawn?
Horizon Zero Dawn não é um jogo perfeito, está quase lá, mas ele é divertidíssimo e isso é inegável, se você gosta de jogos com combates dinâmicos como Tomb Raider, Uncharted e The Witcher, certamente irá amar Horizon, o game irá te render algumas dezenas de horas de diversão se você não estiver correndo para zerar ele sem se importar com objetivos secundários. Todavia, a maior graça de Horizon está em sua história, vale a pena coletar registros de voz, textos e vídeos ao redor do mapa e das missões, só assim você poderá entender completamente como as pessoas viviam antes da era de Aloy e qual é o futuro da humanidade.
Teremos um Horizon Zero Dawn 2? As chances são muito grandes, bem altas, o jogo possui sim um final fechado, que é muito satisfatório, mas seu epilogo… Bem, isso você irá descobrir por si só, assim como várias outras coisas que deixei propositalmente de citar na análise para que você tenha a emoção de descobrir por conta própria como eu o fiz.
Vale ainda ressaltar que em em Novembro o jogo receberá sua primeira DLC: Frozen Wilds, as informações sobre ela ainda são bem escassas, mas pretendo joga-lá assim que possível e trazer minhas impressões para vocês.
Meu veredito é que Horizon Zero Dawn vale muito o investimento, ele é minha principal aposta para jogo do ano de 2017, ademais, ele está com um preço até razoável, 140 pela mídia física e 100 pela digital primária, ambos no Mercado Livre. Vá guardando sua mesada e invista em Horizon como seu próximo jogo, você não irá se arrepender.