A Xiaomi anunciou novas restrições relacionadas ao desbloqueio do bootloader de seus dispositivos, tornando o processo ainda mais difícil para usuários e desenvolvedores interessados em customizações.
A mudança, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, afeta diretamente entusiastas de tecnologia que preferem ter maior controle sobre seus aparelhos.
Novas regras para o desbloqueio do bootloader
Anteriormente, a Xiaomi permitia o desbloqueio de até três dispositivos por ano para usuários com contas de nível 5 no fórum oficial chinês da marca. Agora, a nova política reduz essa permissão para apenas um dispositivo desbloqueado por ano. Além disso, o procedimento ainda exige uma solicitação anual de autorização, mantendo a burocracia já existente.
De acordo com a Xiaomi, essas medidas têm como objetivo principal reforçar a segurança e estabilidade dos dispositivos que utilizam o HyperOS, sistema operacional lançado recentemente pela empresa.
Embora essas mudanças não afetem diretamente o usuário comum, elas têm grande impacto na comunidade de desenvolvedores e entusiastas de tecnologia.
Essa comunidade sempre foi atraída pela Xiaomi devido à flexibilidade e facilidade no desbloqueio de bootloaders em comparação com outras fabricantes.
No entanto, as novas regras dificultam o trabalho de desenvolvedores que criam ROMs personalizadas ou outros ajustes avançados, fechando portas para uma parcela do público que valoriza o controle total sobre o dispositivo.
A Xiaomi defende que a decisão é necessária para preservar a segurança dos dispositivos e evitar vulnerabilidades associadas ao desbloqueio do bootloader. Este software, que vem bloqueado por padrão, impede modificações que possam comprometer a integridade do sistema.
Apesar disso, a medida tem gerado descontentamento entre entusiastas, que agora veem menos motivos para optar por aparelhos da Xiaomi para fins de customização.
Até o momento, não há indícios de que a empresa planeje reverter essas mudanças, indicando que a política mais rígida veio para ficar.