Jackie Lindsey até oito anos atrás vivia uma vida normal em Dorset, na Inglaterra, por meio dos aluguéis de suas propriedades, até que ela começou a sentir tonturas, formigamento nas mãos e dores nos olhos. E depois de três anos sem conseguir identificar o problema com ajuda médica, ela se diagnosticou com hipersensibilidade eletromagnética (EHS) após uma pesquisa por sua conta.
Foi necessário que Lindsey vendesse a casa onde morava, já que ela conseguia sentir a rede elétrica do seu vizinho e tomasse algumas medidas. Hoje com 50 anos, Lindsey está morando em uma propriedade rural em Winborne, na Inglaterra. Não existe quaisquer produtos elétricos em sua casa, nem mesmo energia elétrica na residência. Lindsey usa velas, gás natural e fosforo para aquecer sua casa e cozinhar.
Quando sai de casa, Lindsey usa uma roupa que cobre o seu corpo inteiro, até mesmo seu rosto usando um véu. Isso porque o tecido da roupa é composto por 20% de fio de prata, para protege-la das ondas eletromagnéticas, já que sem a roupa uma rede WiFi ou até mesmo um smartphone poderia fazer com que ela tenha algo parecido a um choque anafilático (uma reação alérgica grave) e acabe parando de respirar.
Ela carrega um medidor de campo eletromagnético para quando se sentir mal, ir para um local mais isolado das ondas. Por conta dessa hipersensibilidade ela precisa que seus parentes tragam compras para a sua casa, ela fala sobre a dificuldade de socialização graças a essas condições:
“Eu perdi tudo na vida que faz com que você se sinta humano”
No Reino Unido, essa condição até o momento não é reconhecida pelos médicos, mas na Suécia é considerada uma deficiência. Lindsey comentou que durante as consultas os médicos achavam que era apenas invenção dela.
É estipulado que 4% da população na Inglaterra sofrem por essa complicação, sendo que 30% a 40% envolvem uma condição mais branda do que Lindsey.